Não entendam o título pelo lado positivo da história. Sugiro fazerem a analogia com um boxeador peso pesado (ao melhor estilo Lenox Lewis, Mike Tyson ou Evander Hollyfield) contra um peso-pena, balanceando o que eles tem de melhor e pior.
O time do São Paulo de hoje (e em muitas partidas dos últimos 2 ou 3 anos) vem apresentando a solidez de um peso-pesado. Defesa forte, difícil do adversário encaixar um bom golpe (leiam gol). Nossa zaga e volantes garantem que muitas vezes os adversários ataquem, ataquem, ataquem e não abram o marcador. O mesmo que um Oscar De La Hoya ficar batendo em Mike Tyson durante os 12 rounds… NADA! Uma rocha.
Porém peça para Mike Tyson se esquivar ou contornar a movimentação de um peso-pena. O resultado é um gigante, lento, com golpes fortes porém no ar. O SP deste ano tem mostrado uma ineficácia tremenda no ataque. Não empolga, não tem jogadas criativas (o chuveirinho permanece). Falta objetividade, velocidade, rapidez e por fim, finalizar no gol.
A falta de laterais que apóiem o ataque (como Júnior, Cicinho, Serginho ou Ilsinho) junto com a falta de um meio campo que apareça para fazer a jogada com Dagoberto, Borges ou Washinghton cria um abismo entre ataque e defesa. Falta um meio de campo armador e ofensivo para o São Paulo.
Falta de recursos? Não, têmos Jean e Hernanes, dois ótimos jogadores que sabem chegar ao ataque, porém ficam presos ajudando na marcação. Hugo e Jorge Wagner primam mais pela jogada individual (no caso de Hugo) e lançamentos (JW) do que pela velocidade. E assim o SP fica dependendo de uma “subida ao ataque criativa” de Hernanes ou Jean para que um dos 3 atacantes que estejam jogando consigam fazer a jogada do gol.
Enfim, somos um peso-pesado contra um peso-pena. Difíceis de sermos derrubados pela sólida defesa, mais com dificuldade para vencer pois não somos rápidos o bastante para encaixar um forte golpe (pois bons atacantes não nos faltam)